SANTIAGO, 8 de ago de 2012 às 15:20
Ao presidir as celebrações pelo Dia do Pároco, o Arcebispo de Santiago do Chile, Dom Ricardo Ezzati, assinalou que os sacerdotes devem morrer ao "prestígio" e ao "nosso orgulho" para realizar seu trabalho.
No dia em que a Igreja celebrou a São João Maria Vianney, no Seminário Pontifício Maior reunido com o clero da capital chilena, o Prelado presidiu uma Eucaristia na qual explicou algumas consequências práticas para a vida sacerdotal da Transfiguração do Senhor.
Dom Ezzati disse que como os discípulos Pedro, Tiago e João que são testemunhas deste fato, os sacerdotes que seguem a Jesus temem descer do monte alto e enfrentar a paixão, a perseguição e a morte; "a morte da nossa reputação, a morte do nosso prestígio, a morte do nosso orgulho".
Entretanto, prosseguiu o Arcebispo, Jesus nos convida a "passar pelo mistério da sua Páscoa, convida-nos a confiar em que o rosto glorioso da Igreja aparecerá uma vez que ela mesma tenha passado plenamente pelo mistério da cruz do Senhor".
Conforme assinala a página web da Conferência Episcopal do Chile, Dom Ezzati indicou que "a Cruz é o monte alto, no qual o rosto de Cristo, marcado pela dor e pela morte, transfigura-se no rosto glorioso do Senhor ressuscitado". "Este é também o caminho da nossa própria transfiguração", acrescentou.
O Arcebispo disse também que quando o Senhor leva aos discípulos a contemplar a sua transfiguração, o faz porque "quer fortalecer sua fé incerta e frágil, porque quer antecipar para eles a visão do seu rosto verdadeiro, o rosto do Filho de Deus, aquele mesmo rosto que uns dias depois seria transfigurado na paixão e na morte de cruz".
O Prelado recordou aos sacerdotes doentes, aos idosos e aos que se sentem sozinhos. "Pedimos a Maria que os acompanhe, que os sustente, especialmente neste tempo particularmente desafiante", exortou.